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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Conferência debate tendências do E-Commerce para 2012

Com o tema principal sobre as influências do e-commerce no Brasil e as tendências para o ano de 2012, a 3ª Conferência Online do Projeto Empreendedor, organizada pela Paypal, reuniu profissionais da área para discutir sobre o assunto em questão.  Na ocasião estavam presentes os convidados Alexandre Crivellaro, do Ibope Mídia, Felipe Brasil, da Polishop e Leonardo Palhares, membro do Conselho da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico

O aumento das vendas pela internet vem crescendo consideravelmente nos últimos tempos. Somente em 2011, cerca de R$ 19 bilhões foram de vendas de bens de consumo, com mais de 35 milhões de consumidores optando por realizar suas compras pela internet.

Devido as grandes ofertas e praticidades das compras pela internet, o ritmo das vendas tem crescido muito nesse setor. Atualmente, as vendas do e-commerce são lideradas pelas classes A e B no Brasil, totalizando cerca de 70% dos consumidores. Embora a classe C venha crescendo em um bom ritmo, o acesso à internet é um privilégio para apenas 48% da população. As classes D e E também não ficam de fora e completam 1% das vendas do e-commerce.

Nesse âmbito, e dentre outras informações didáticas e objetivas a 3ª Conferência foi de grande importância aos lojistas que pretendem ou empreendem o comércio eletrônico.

Um dos primeiros convidados a falar sobre o assunto foi Alexandre Crivellaro, diretor de inovação do Ibope Mídia.

Tíquete médio deve diminuir ao longo do tempo

Visando o crescimento do e-commerce no Brasil, Crivellaro ressalta que o Ibope então criou métricas para acompanhar o comportamento de compra do consumidor.
O comércio eletrônico cresce em torno de 25% a 30% ao ano chegando a picos de 40%, ultrapassando o crescimento da internet. Crivellaro explica que foi criado um painel com 5 mil usuários na internet, acompanhados diariamente para fazer relatos como: os melhores locais para anúncios dos lojistas, de onde vem seu tráfego, se os consumidores preferem comparar preços ou compram impulso, entre outros recursos que visam otimizar as vendas do lojistas.

Crivellaro ainda ressalta que cerca de 83% das pessoas que compram em lojas virtuais buscam produtos que facilitem suas tarefas cotidianas. Já 76% procuram preço e facilidade de pagamento. “O preço hoje é um fator importante, não só o preço como a forma de pagamento. O preço pode ser atraente, mas a facilidade de pagamento é muito importante”, ressalta Crivellaro.

Crivellaro acredita que os produtos virtuais – ou de download – devem ganhar grande popularidade em 2012 e ao longo dos próximos anos, enquanto a entrada da Classe C no comércio eletrônico deve baixar o tíquete médio e aumentar o volume de vendas das empresas.

Compras coletivas como canal de mídia
O Diretor de E-Commerce da Polishop, Felipe Brasil, também participou do evento e esclareceu dúvidas sobre a empresa, compras coletivas e novas tecnologias.
Como referência em empresa multicanal, a Polishop, que iniciou no ano de 1999 apenas com produtos anunciados na televisão, tornou-se um importante varejista do comércio eletrônico. Logo no início a empresa aderiu a uma operação de e-commerce, o qual foi o segundo canal de vendas da companhia. “Nunca enxergamos os canais como concorrentes, o e-commerce como os outros canais são complementares”, aborda Felipe. Por ser referência em seu setor, a empresa prevê boas perspectivas para o ano de 2012, e as expõe como forma de auxílio a novos investidores.

Dentre os aspectos abordados por Felipe, é importante ressaltar a importância das evoluções das mídias e da internet em relação aos investimentos. Este ano, uma das grandes apostas da Polishop no comércio eletrônico foram as compras coletivas, que apesar de serem grandes dúvidas para muitos varejistas, elas tem possibilitado uma maior interação com os consumidores. “As compras coletivas não são um canal de venda para nós, mas sim um canal de mídia e dessa forma conseguimos divulgar nossos produtos”, completa o diretor de e-commerce da Polishop.

Felipe revela que o “Mobile” e as mídias sociais são as grandes apostas da varejista brasileira para o ano de 2012, enquanto os marketplaces e o atendimento personalizado ao cliente devem ser tendência para o setor.

Empresas devem ficar atentas ao marco regulatório


Para Leonardo Palhares, sócio da Almeida Advogados e membro do Conselho da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, o mundo do e-commerce é um ecossistema muito interessante, pois possui muitas formas de se desenvolver negócios. “O comércio eletrônico nada mais é que uma ferramenta para se fazer negócio, neste ponto a vida virtual imita a vida real”, diz Leonardo.

Há muitos anos o comércio eletrônico vem se desenvolvendo sem uma legislação específica. Em compensação, o Código de Defesa ao Consumidor é aplicado ao varejo online atualmente. Isso torna-o absorvido e amparado por toda a legislação que existe em todo país.

Como tendência na área legislativa para 2012, Palhares ressalta que os comerciantes devem prestar muita atenção no marco regulatório como um todo – nas leis que surgem em Brasília (marco civil da internet e projeto de lei de proteção de dados) e nas assembléias legislativas estaduais, que tem grande influência sobre este setor.

Fonte: ecommercenews.com.br

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